Monday, October 8, 2007

deja vu cê la vie

Tal qual vez anterior, ou passada ou talvez atrasada, cá me encontro na vigília por uma sociedade democrática em Myanmar. A liberdade para os presos de opinião e, realmente, colocar os militares no seu lugar, que é como toda a gente sabe defender as suas populações e não geri-las à base de porrada como todas as ditaduras militares (ou não) fazem.
É mau ter este permanente deja vu, a constante luta pelos direitos humanos, a permanente tentativa de usurpar a liberdade dos outros, os direitos individuais de expressão, pois que nem só de colectividade vive o homem, o direito a gritar ou a calar bem alto o que lhe vai na alma ou no corpo. O homem nunca se liberta porque as lições são aparentemente esquecidas pelos filhos do próprio homem, o consumo e a pequenez do luxo ocupam o lugar da responsabilidade e dos direitos, o cérebro do homem está cada vez mais ocupado e a sua vida cada vez mais prisioneira dos hábitos vazios de tudo o que tenha a ver com a progressiva humanidade dos tempos.
Mudou a cidade, o lugar de encontro para a vigília está a sul do Porto e a praça é a do Marquês, no Porto gritava-se free Xanana, aqui diz-se free Aung San Suu Kyi. O preso de consciência é um preso especial estando a grande maioria na cadeia por buscar liberdade para ele e para os outros, o roubo é nestes casos praticado pelo governo, o crime apontado pelos juízes e todos os assassinatos são da responsabilidade das forças da ordem, policiais ou militares.
O país em questão está à muito arredado do sossego da paz social, ora com os chineses ora com os japoneses e também tiveram que aguentar com os ingleses, sempre a vontade de alguns a prevalecer sobre a vontade de muitos, é assim que funciona a força bruta, a do físico, a das armas...
Liberdade para o povo da Birmânia, o poder para o cérebro dos civis!
Para quando a guerra da razão? Para quando a guerra do diálogo. Para quando a guerra do raciocínio? Para quando a guerra das palavras?