Thursday, October 2, 2008

O Subprime descarado rouba o capital a um George Washington desesperado

A melamina e a ganância humana

A Melamina é um composto químico do grupo das aminas, que é um grupo bastante vasto de químicos nitrogenados, compostos orgânicos derivados do amoníaco, grupo onde estão alguns anestésicos, os aminoácidos, os alcalóides, antibióticos, neurotransmissores, e muitos outros compostos que fazem parte do nosso dia a dia.
Esta molécula é utilizada na indústria do calçado, vestuário, e que em associação ao formol dá origem a uma resina também de utilização industrial.
A utilização da melamina em alimentação aparece com a criatividade de alguns industriais chineses que seguindo a grande máxima capitalista, os fins justificam os meios, decidem adicionar o composto nas rações para animais, falseando assim a leitura de proteínas em testes de medição do nitrogénio, pois cerca de 70% da melamina é composta por este elemento químico.
Em 2007 na África do Sul aparecem os primeiros casos relatados de doença e morte animal, gatos e cães, alimentados com rações da Royal Canin aparentemente fabricados na China. Depois disso acontece o mesmo nos Estados Unidos, vindo a Royal Canin em comunicado no mês de Abril do mesmo ano a comprometer-se a retirar do mercado todos os lotes pseudo-contaminados com melamina e afirmando:
Royal Canin has pledged to no longer use any Chinese suppliers for any of its vegetable proteins.
Por esta altura tudo o que viesse da China, para encher o estômago de cães, gatos, peixes, gado, e pessoas, já continha na sua composição a milagrosa molécula que transforma a água em carne.
E com isso chegamos á triste imagem de ver crianças de meses a ter que sobreviver à experiência da melamina através de transplantes renais ou de perpétua hemodiálise ou, por informação tardia, não chegar sequer a sobreviver à experiência.
A solubilidade da melamina é muito baixa e só ocorre na água a baixas temperaturas, 20ºC, o que dificulta a sua eliminação renal, dando origem à formação de cálculos renais ou vulgarmente, pedras nos rins.
Além da agravante de ser mortal pelo uso simples desta molécula há também que levar em conta que os alimentos consumidos com esta molécula são pobres em tudo, desde aminoácidos até às proteínas, o que faz com que os animais ou as pessoas aparentemente estejam alimentados mas na realidade só ingeriram excipiente e água.
Atenção pois ao que comemos e bebemos e cada vez mais devemos dar importância à alimentação animal já que não é a primeira vez que se inicia aí o que depois vem matar os jovens, adultos e crianças do mundo dos racionais.

Monday, September 29, 2008

O Capitalismo consome o nosso capital mas apura a nossa criatividade

O Capitalismo é um sistema político caracterizado pela propriedade privada, a posse dos meios de produção e, claro, a acumulação de riqueza, o tal capital, esse que está na base do sistema e sem o qual se torna impossível viver plenamente dentro de um sistema capitalista.
O Capitalismo surge como uma necessidade alimentada pela ganância dos donos do poder absoluto da idade média. A expansão rápida das cidades com a consequente perda de poder dos feudos, a cada vez maior especialização profissional, a necessidade, devido a expansões, conquistas e descoberta de novos territórios, tornam premente a chamada de mais homens para o lado do poder. Distribuição de poder que se fez à custa de militares destemidos, espertos e estudiosos de determinadas áreas do conhecimento, artistas, exploradores, navegadores, pessoas que no princípio do sistema não são mais do que partos dentro do poder, (da monarquia), são aos poucos substituídas, e cada vez em maior número, por pessoas distantes nas origens e cada vez mais afastadas do clero e da monarquia genética.
A expansão capitalista dá-se então por existirem necessidades autónomas dentro do próprio sistema, pois que é do próprio sistema o nascimento da hereditariedade da acumulação e a feroz procura de mais recursos para o capitalista e a sua prole, seguindo, da mesma maneira, as heranças nobiliárquicas por morte dos soberanos, também o sistema capitalista reflecte essa característica de transmissão – o que não for para mim será para os meus filhos.
Como é lógico, o poder corrompe, e corrompe absolutamente, logo aqueles que não são donos do poder mas passam a ser donos de capital não possuem outra alternativa senão colocar esse mesmo poder (dos outros ) em questão e foi o que a burguesia fez e bem. Tal exemplo será eternamente seguido enquanto houver desejos e necessidades e cada vez mais pessoas na máquina industrial e berrantemente faminta do capital.
Adam Smith no século XVIII chamou-lhe liberalismo, que não é mais do que exigir ou ensinar a trabalhar para que cada indivíduo possa, durante a sua vida terrena, aceder livremente ao capital mas não aquele que existe, e sim ao que ele próprio for capaz de promover ou desenvolver.
Chegamos assim à actualidade, - o século da fome zero, - das máquinas de guerra poderosas que conquistam e destroem países por encomenda, - o século da democracia e da tolerância, onde não existe pena de morte e o meu vizinho ama a diferença tão odiosamente, que é odiado amorosamente, - o século da medicina e da tecnologia de ponta que salva cada vez menos mas custa cada vez mais…
Temos então neste século:
A monarquia e seus aristocratas vassalos - poderosos feudos de poder e capital hereditário.
A burguesia da revolução industrial e das expansões marítimas - a usufruir de capitais gerados durante centenas de anos e continuamente aplicados nas proximidades familiares.
Os ricos do sonho capitalista - que mais não são do que acidentes ou clara necessidade mercantilista ou comercial que podem ou não propagar o capital a mais sonhadores como eles.
Os novos-ricos - os que por arte, esforço ou verdadeira inteligência se vêm em pouco tempo donos de capital suficiente para fazer frente aos outros centros de poder. Mas desenvolvem um tipo de poder frágil, perdido em uma geração pois, mesmo sendo tudo possível no liberalismo, requer muitas gerações, o aprender, a manter centros de poder, como são os feudos monárquicos, que asfixiam o que lhes questiona o poder, principalmente o económico.
Agora tendo falado um bocado das origens e tratos do capital pode-se falar do assunto em dia – A falência do 4º maior banco americano, Lehman Brothers.
Esta centenária casa de propagação pseudo democrática de capital, faliu no dia 15 de Setembro de 2008 com a rápida atribuição da culpa ao subprime.
Segundo parece, este “vírus económico”, e esta é uma expressão minha, está há algum tempo para cá, infectando muitas das instituições criadas, cem anos depois da revolução industrial. Nós, homens do tempo actual, não contentes com os vírus biológicos criamos um sistema político e económico capaz de por si só criar vírus tão ou mais destrutivos que os biológicos, como está a ser o caso deste vírus do subprime.
Em 2007 o chairman da Lehman Brothers é citado como sendo o 13º mais bem sucedido chefe executivo de uma empresa multinacional, Richard S. Fuld, Jr. Named to Barron's "The World's Most Respected CEOs" List, isto somente um ano antes de ele próprio declarar falência da instituição, que até aí estava a ser tão bem sucedida no mundo dos negócios, mas isto é o próprio capitalismo – a riqueza cria a necessidade de mais riqueza e é assim para tudo o que é deixado ao critério do ser humano individual, a insatisfação em tudo o que já se obteve., esta é uma fraqueza humana e não económica, só possível de controlar pela união, pelo efectivo desenvolvimento de uma comunidade cujos padrões sociais e económicos sejam de facto geridos por todos e não pelo 1º ou 13º mais bem sucedido chairman de uma qualquer empresa ou, e vem ao caso, partido político.
De qualquer maneira o capitalismo descobriu que existe uma completa ausência de responsabilidade na gestão dos bens que a todos pertence, daí que seja muito fácil, criar, enriquecer e apagar (reformarem-se) gestores, presidentes, executivos, etc,etc, mas sempre longe da justiça dita para os homens pois que no fim, serão os menos poderosos, os tais do sonho, e da vontade de ter uma casinha, que pagarão as hipotéticas falências.
O chairman do Barclays, John Varley, acabou por comprar somente as partes lucrativas do Lehman Brother, ficando muitos dos créditos, principalmente aqueles infectados com o subprime, fora do negócio, o que significa que o prejuízo acumulado e a acumular continua dentro do sistema e alguém, que não o capitalista instalado, vai pagar.
Percebe-se assim dedutivamente que será fácil aumentar a exploração do trabalho assalariado assim como também o dinheiro será mais caro para aqueles que ou têm pouco ou pretendem ter mais.
Vêm aí tempos óptimos para o ressurgimento de antigas teorias económicas e sociais, tempos melhores ainda, para a criação e imaginação de novas propostas sociais e económicas mas também, muita incerteza e as inevitáveis lutas pela manutenção de direitos conquistados e actualmente engolidos pelos estados democráticos e patrões de simpáticos colaboradores (antigamente chamavam-se trabalhadores) com a desculpa da crise mundial e da infecção do subprime.
Muita água vai ainda correr sob a ponte que nos faz sombra e se cada um de nós for uma gota dessa água devemos resolutamente deitar a ponte abaixo, pois é notório que quem lá anda com os pés fora de água são os políticos de um tipo ilusório de poder, os gestores e seus patrões com fragrância de ganância, e pontes assim, muito obrigado mas estamos bem sem elas.

Sunday, June 15, 2008



A SUPREMA DEMOCRACIA

Da mesma MANEIRA que não se elimina a pobreza com o extermínio dos ricos também não se reduz o preço dos combustíveis com a nacionalização da GALP, - todo e qualquer cidadão tem o direito de ser accionista de qualquer empresa da mesma maneira que todo e qualquer cidadão NASCE para ser um accionista do estado.
O erro em toda esta equação: SOCIEDADE DEMOCRÁTICA = PRIVADO X RIQUEZA / ESTADO, está na ausência do papel do estado na regulação da equação. O estado quando pretende estar presente em todas as variáveis da equação acaba irremediavelmente por se ausentar do seu papel dentro da própria equação pois quanto maior o estado menor serão os direitos de uma sociedade seja ela democrática ou não - os poderes do estado são inversamente proporcionais às liberdades individuais, como a história o demonstra, contudo tal não deve ser desculpa para o estado se desresponsabilizar do papel de legislador iqualitário, além de legislador, deve ser papel do estado a procura constante da perfeita representação democrática e não a manutenção da democracia numa eterna fase embrionária como está a acontecer na maioria das democracias mundiais.
A mão do estado deve ser pequena mas as regras na gestão do dia a dia devem ser as máximas possiveis para que a todos caiba a dignidade de viver em paz com o seu presente.
É papel do estado saber regular a actividade e a partilha dos lucros nas empresas, pois são todos accionistas do estado – patrões e trabalhadores. É papel do estado direccionar a riqueza como dividendos para os seus accionistas – contribuintes e pensionistas. É papel do estado seguir as orientações dos seus accionistas, e no estado democrático não existem accionistas maioritários – todos o são por igual. É papel do estado gerar para si mesmo – como factor denominador comum, um valor que lhe permita, como voz de todos, zelar pelo progresso que a todos e numa só voz saiba gritar por igualdade.
Não é necessário um estado policial - é urgente um estado que legisle para todos e não em benefício de alguns que, por incrivel que pareça em democracia, é mesmo uma minoria que usufrui das muitas leis que o estado cria e descria para o sustento de poucos.
O que se pretende com a Acção, que será perfeita quando for caótica, libertária, talvez anárquica, é que a todos saiba chamar pelo nome e que um dia seja PORTUGAL conhecido como o país da humanidade construida em justa sociedade, por ser aquele em que o estado não existe como pai de todos nós, mas em que cada português seja em si mesmo um accionista do seu próprio território, com leis que o beneficiam tanto a si como ao seu vizinho, o estado deve ser o individuo e este é o
único caminho da suprema democracia.

Friday, February 8, 2008


Mas o que é que se passa com este pessoal parlamentar?
- A discutir se devemos ou não demonstrar o nosso pesar pelo regicídio de 1908?
De uma coisa podemos ter a certeza - o rei amava a pátria como um cão ama o seu quintal, o que lá está dentro pertence-lhe, tudo o mais merece uma oportunidade de conquista.
Um crime nunca é bom para ninguém nem para a vítima nem para quem pratica o crime, aqui está uma verdade universal mas também já pouco importa.
A este tipo de crime que transtorna a história devemos perguntar: Quem beneficiou com o crime? E também a esta pergunta respondo com outra pergunta: Não fomos todos nós? Inclusive os membros da aristocracia! Pois não morreram todos, como se sabe.
Cada um juntamente com todos os outros pertencentes ao soberano, nascido, criado e coroado dono e senhor de tantos quantos os nascidos e criados em terras de sua majestade o chefe ou dono ou em versão feminina a rainha, donos de Portugal, a dita pátria de todos nós.
Quem beneficiou com a morte de Carlos foram os que nada tinham, e passaram a ter o voto independentemente do sexo ou de outros constrangimentos, é pouco mas as conquistas fazem-se dia a dia e não Buiça a Buiça. O voto ou a escolha de opinar sobre quem nos representa de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos não é grande democracia mas já é qualquer coisita.
O meu pesar pelo Carlos, pelo Buiça, pelo Costa e pelo Luís Filipe.
A todos só posso dizer, se no céu houver ouvidos, que por mais semelhanças que encontre entre esta república democrática embrionária e a monarquia, dona e senhora de todos nós, continuo a preferir o poder opinar de 4 em 4 anos e se continuarmos a este ritmo ( aqui estou no gozo ) não morro sem antes podermos referendar todas as leis verdadeiramente essenciais para a República, aí sim estaremos a viver a democracia representativa e talvez nessa altura a estátua inaugurada pelas figuras do estado laico e republicano seja a do Buiça ou até quem sabe, a minha.
A todos desejo uma óptima república, crescida e adulta, como se espera de representantes crescidos e adultos, que afinal de contas somos todos nós.
As estátuas ao culto da personalidade são tão necessárias como uma dor de barriga, contudo se tivermos que dar trabalho aos escultores pelo menos que se escolha ou se encomende trabalhos sobre verdadeiros patriotas e nomes não faltam à lista. Se quisermos ser honestos só podemos colocar o bigode do Carlos na lista dos reis e só nessa, e mesmo assim longe do top 10.

Monday, October 8, 2007

deja vu cê la vie

Tal qual vez anterior, ou passada ou talvez atrasada, cá me encontro na vigília por uma sociedade democrática em Myanmar. A liberdade para os presos de opinião e, realmente, colocar os militares no seu lugar, que é como toda a gente sabe defender as suas populações e não geri-las à base de porrada como todas as ditaduras militares (ou não) fazem.
É mau ter este permanente deja vu, a constante luta pelos direitos humanos, a permanente tentativa de usurpar a liberdade dos outros, os direitos individuais de expressão, pois que nem só de colectividade vive o homem, o direito a gritar ou a calar bem alto o que lhe vai na alma ou no corpo. O homem nunca se liberta porque as lições são aparentemente esquecidas pelos filhos do próprio homem, o consumo e a pequenez do luxo ocupam o lugar da responsabilidade e dos direitos, o cérebro do homem está cada vez mais ocupado e a sua vida cada vez mais prisioneira dos hábitos vazios de tudo o que tenha a ver com a progressiva humanidade dos tempos.
Mudou a cidade, o lugar de encontro para a vigília está a sul do Porto e a praça é a do Marquês, no Porto gritava-se free Xanana, aqui diz-se free Aung San Suu Kyi. O preso de consciência é um preso especial estando a grande maioria na cadeia por buscar liberdade para ele e para os outros, o roubo é nestes casos praticado pelo governo, o crime apontado pelos juízes e todos os assassinatos são da responsabilidade das forças da ordem, policiais ou militares.
O país em questão está à muito arredado do sossego da paz social, ora com os chineses ora com os japoneses e também tiveram que aguentar com os ingleses, sempre a vontade de alguns a prevalecer sobre a vontade de muitos, é assim que funciona a força bruta, a do físico, a das armas...
Liberdade para o povo da Birmânia, o poder para o cérebro dos civis!
Para quando a guerra da razão? Para quando a guerra do diálogo. Para quando a guerra do raciocínio? Para quando a guerra das palavras?

Wednesday, September 26, 2007

Aung San Suu Kyi

http://www.amnistia-internacional.pt/

A página a seguir merece ser vista:

http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/7012984.stm

Thursday, September 20, 2007

Comentário ao artigo de Catarina Portas publicado no dia 15/09/07 no jornal Público

Catarina Portas e os livros importantes que leu em França

Ler emancipa a mulher e o homem no sentido em que lhes acrescenta informação para alcançar um determinado objectivo, a informação veiculada nos livros pode conter características expressas de tolerância e harmonia como também ser o portador das raízes de futuros actos de intolerância e violência.
A leitura dos outros não é obrigatoriamente igual à nossa nem tal será tolerável numa sociedade cujos direitos de cada um permitem até escolher a ignorância em vez da cultura e conhecimento (no sentido que for), a escolha de livros em Portugal é marcadamente de carácter profissional, livros escolares ou técnicos, e, em pequeno número, os livros de lazer e de transmissão de conhecimento experimentado na carne e nos neurónios, conhecimento esse que encaminha o pensamento de cada um para diferentes raciocínios baseados nessa absorção da palavra impressa em livro.
Vivo num pequeno território onde cerca de um milhão de concidadãos não sabe ler nem escrever, lugar no mundo onde a informação se faz porta a porta pelos Testemunhas de Jeová ou pelos vendedores do Circulo de Leitores, como será possível afirmar convictamente, como Catarina Portas o faz, que: as aulas de educação cívica são modernices inúteis?
Como se constrói uma civilização sem indicar o caminho (por acção verbal, mental ou física) aos que iniciando o seu percurso activo nos braços da escola se deparam com as novidades experimentais do mundo dos adultos? Então não é educação cívica ensinar-se a ler e explicar a importância da leitura? Então já não leram os adultos os livros através dos quais se poderá indicar o caminho da civilização verdadeiramente humana? Civilização orientada para um verdadeiro respeito para com a felicidade de cada um, seres plenamente responsáveis e conhecedores dos seus direitos e deveres.
Onde está a motivação para comprar um livro ao filho de famílias pobres, de desempregados, as famílias cujo único objectivo é conseguir sobreviver até ao fim do mês sem recorrer novamente ao banco? Essa motivação só é possível encontrá-la em aulas de orientação cívica, cabe aos adultos resolver os problemas das crianças e não culpá-las por não comprarem livros.
"Simplesmente ler", como afirma a Catarina, não nos leva a lado nenhum.

Friday, September 14, 2007

Felicitações a António Costa

Os meus respeitosos cumprimentos ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa por ter tido o prazer de hoje receber Sua Santidade.
António Costa ao receber Dalai Lama transforma uma honra pessoal numa honra do governo e é muito bom saber que apesar de escondido por trás do presidente da Câmara de Lisboa mesmo assim o governo apareceu, acalma as consciências fazendo acreditar que os homens do nosso pequeno território continuam a saber o que é politiquice financeira e o que são princípios e valores humanos. As minhas felicitações.

Wednesday, September 12, 2007

Dalai Lama em Portugal



É para mim um prazer receber no território onde habito o Dalai Lama, homem de sensibilidade sobre-humana, de inteligência e conhecimentos orientadores de todos os homens de boa vontade, Nobel da paz e líder espiritual da religião Budista:
- «Tenho 66 anos, quase 67. Perdi a minha liberdade com a idade de 16 anos. Com 24 anos perdi o meu próprio país. Assim, nos últimos 42 a 50 anos a minha vida não tem sido fácil. Mas durante este período difícil encontrei a forma correcta de utilizar a inteligência humana. Há quem lhe chame sabedoria. Isso é muito útil. (…) Para termos uma mente tranquila, para termos força interior e autoconfiança, o elemento-chave é a compaixão humana, o sentimento de cuidado pelos outros, de respeito, de reconhecimento de todos como nossos irmãos e irmãs, que têm o mesmo direito à felicidade.»
Sua Santidade o DALAI LAMA

Os meus mais respeitosos cumprimentos...
Gostava de salientar o facto de nenhum membro do governo ir ter o grande prazer de conhecer sua santidade (quem me dera estar no governo para poder dar um grande abraço a este lutador da liberdade – Contra a ocupação assassina e criminosa do Tibete pelas tropas e colonizadores civis do regime ditatorial Chinês), pelo facto só posso exprimir a pena que sinto por eles, também é verdade que metade do Governo estava hoje a vender computadores na feira da ladra,
- não, parece que era nas escolas! Então porque é que os estavam a vender?
Não percebo esta forma de gerir o nosso país, parecemos uma feira ao vivo e em directo, tudo menos um país.
Outro facto a salientar é que a partir de hoje os pobres já não podem ser budistas, se calhar até podem mas é garantido que sem bilhete não podem ouvir sua santidade o Dalai Lama, se o Papa sabe disto Fátima transforma-se no próximo sudoeste.
Com tantas formas de angariar donativos cobrar bilhete para ver e ouvir o homem é tudo menos simpático, retira a própria aura de santidade a um dos meus mais respeitados guias, sei que as despesas são muitas e que o Euro está a valorizar, mas imaginando nós que cada budista entrega um dólar como donativo são alguns milhões de dólares o que com certeza já daria para sua santidade oferecer a mensagem de felicidade e harmonia, que muito prezo e admiro, em cada canto do mundo, espero, caso ele consiga vir cá uma terceira vez, poder ouvi-lo no Estádio Nacional sem ser preciso pagar bilhete só me podendo exigir silêncio, boa vontade e sentimento de harmonia.