Sou uma pessoa com o direito constitucional ao trabalho, à liberdade e à livre manifestação. Sei também ser a minha vontade o fundamento da autoridade dos poderes políticos. Acima de mim só o céu.
Enquanto te aguardo vou ansiosamente semeando desejos.
Na procura da vontade, recolho as gotas de beijos passados.
Assim, suspenso em ti, entrego os braços à presença expectante.
Se não vens depressa, é devagar que morro.
Se demoras, é sem vida que fico.
Contei os minutos, depois os segundos, passaram-se as horas, já vejo o pôr do sol.
De tanto te encontrar, nos objectos tocados, nas flores plantadas, no chão pisado,
Meus olhos já não dizem que te vêm, dizem que estás, dizem que nunca te ausentaste
Mas a alma teimosa suspira,
Se não vens depressa, é devagar que morro.
Se demoras, é sem vida que fico.
Deixo o corpo cair na cama ainda fria, sinto como ela te deseja, sinto como estamos sozinhos.
O tecto vermelho inundou-se com a luz de um sol que finda. Percorre as paredes.
Estendo a mão num gesto ainda vivo, atravessa-me a luz por entre os dedos.
Toca-me uma mão quente no rosto, minha alma transpira,
Vieste depressa, não será hoje que morro!
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